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Investimento em Carreira

Abril 28, 2010 às 16:52 por

Comer agora e fazer dieta amanhã ou reservar as calorias extras para uma ocasião especial? Acordar cedo para fazer os exercícios físicos ou dormir mais um pouco e deixá-los para amanhã? Poupar durante meses para comprar um carro à vista ou adquiri-lo imediatamente apesar dos juros do financiamento? Essas e outras perguntas fazem parte do nosso cotidiano e definem a maneira como lidamos com os projetos de curto, médio e longo prazos.

Em seu livro O Valor do Amanhã (2005), o economista Eduardo Giannetti explica que as pessoas estão situadas em uma escala que vai do extremo “devedor” ao extremo “credor”. Os devedores são aqueles que costumam postergar os gastos e esforços, preferindo consumir hoje para pagar amanhã. Já os credores, são aqueles que preferem se privar hoje de alguns prazeres para aumentá-los no futuro, a partir do investimento de longo prazo. Um exemplo simples para ilustrar este comportamento seria abrir mão de algumas viagens de final de semana em prol de uma grande viagem internacional, possibilitada por uma poupança realizada ao longo de um grande período de tempo.

O ano de 2008 presenciou uma das maiores crises econômicas já vividas pela humanidade. Muitos analistas apontaram o comportamento econômico das pessoas por todo o mundo como um dos responsáveis por esse desastre, notadamente o dos americanos. O consumismo desenfreado, guiado por impulsos imediatistas, levou uma grande massa do povo americano ao endividamento. A busca pelo prazer ilimitado e a falta de equilíbrio na dieta alimentar, criou uma novidade na história dos Estados Unidos: a população americana está obesa.

Se lançarmos esse olhar sobre o cenário específico do planejamento de carreiras, veremos que, infelizmente, os brasileiros têm seguido o mesmo caminho dos endividados americanos. O povo brasileiro tem uma grande propensão ao imediatismo e costuma focar seus esforços em planejamentos de curto prazo. Por isso, quando o assunto é formação profissional, é comum se resumir o problema à preocupação em conseguir um emprego. Além disso, o foco da atenção do profissional brasileiro costuma estar voltado para o salário que estará sendo pago pela empresa no momento de sua contratação, ao invés de entender que o salário inicial pode ser apenas o ponto de partida para uma vida financeira próspera.

O resultado disso é a falta de reflexão e planejamento de uma carreira profissional futura, o que levará, mais cedo ou mais tarde, muitos profissionais à insatisfação profissional pela escolha, na maioria das vezes, somente de uma profissão, de uma ocupação ou de um emprego.


Denise Retamal
Denise Retamal
Diretora Executiva da RHIO'S Recursos Humanos. Possui mais de 20 anos de experiência nas indústrias de Mineração e de Alta Tecnologia. Especialista em Gestão de Recursos Humanos, com forte atuação em Recrutamento e Seleção de Executivos, Gerentes e de Equipes completas para novos Projetos em nível mundial.

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